Como o café é consumido no Brasil

Como o café é consumido no Brasil

O Brasil é o maior exportador de café do mundo. Produzimos cerca de um terço do café do mundo.
Embora o café seja hoje o item mais importante na economia do país, os grãos de café não eram cultivados no Brasil até o século XVIII. Mas, em 1840, o Brasil se tornou oficialmente o primeiro país produtor de café do mundo e, desde então, tem confirmado esse título todos os anos! O setor cafeeiro proporciona aos brasileiros cerca de 8 milhões de empregos.

O número de pessoas que tomam café no Brasil é ainda maior do que na Etiópia. É a bebida padrão para os habitantes do país, independentemente da hora do dia. Mas, apesar do fato de os brasileiros tomarem café muitas vezes por dia, da manhã à noite, a quantidade de café consumida não é tão grande – metade da quantidade consumida na Finlândia.

O fato é que os brasileiros tomam café em pequenas porções. A bebida de café mais comum é chamada de cafezinho.

O Cafezinho é um café preto pequeno e forte. Geralmente é bebido sem leite ou creme, mas com bastante açúcar.

Como o cafezinho é preparado?

Como o cafezinho é preparado?
No Brasil, eles adoram o sabor puro – sem nenhuma máquina de café expresso. Eles usam um dispositivo extremamente simples para fazer uma espécie de café de filtro: uma armação de metal na qual é fixado um filtro ou um coador de pano.

Ferva a água (se for necessário açúcar, adicione-o imediatamente à água), adicione o café moído, mexa bem e despeje em um coador. A bebida está pronta. Ela é servida bem quente. Algumas pessoas usam uma prensa francesa em vez do dispositivo tradicional na forma de uma peneira em um suporte.

Um lanche tradicional brasileiro para o café é o pão de queijo. Os dois principais ingredientes do pão de queijo brasileiro são a mandioca (uma raiz vegetal semelhante a uma batata) e o queijo (tradicionalmente o queijo do estado de Minas Gerais, no sudeste do país, principal centro do setor de laticínios).

Café com leite

Café com leite
Foto sprudge.com
O café no Brasil é consumido quase desde a infância. Para as crianças, a bebida é diluída com leite (na proporção de 1:1 ou 1:2). Na versão brasileira do português, existe até mesmo uma expressão bastante insultante, café com leite, que significa algo como “recém-chegado, cangaceiro”.
Um adulto que ainda bebe café com leite não pode ser considerado totalmente maduro.

Um termo com significado muito diferente é “a política do café com leite”. Significa “o domínio da política brasileira durante a República Velha (1889-1930) pela oligarquia dos maiores e mais ricos estados de São Paulo (o centro da produção de café) e Minas Gerais (o centro da indústria de laticínios)”. Os ecos da política do café e do leite ainda podem ser vistos no Brasil.

Especialidade no Brasil

Como regra geral, os grãos usados para fazer o cafezinho não são da melhor qualidade (embora ainda sejam bons) – daí a grande quantidade de açúcar adicionada. Tradicionalmente, os melhores grãos são exportados pelos brasileiros.
Mas, nos últimos anos, a situação está mudando rapidamente para melhor. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira do Café, o café especial representou 18% do café consumido no país em 2018.

As principais regiões cafeeiras do Brasil são: Minas Gerais ( ~50% do café do país é cultivado lá – e quase todos os grãos especiais); São Paulo (a região histórica do café e o principal porto do Brasil de onde o café é exportado); Espírito Santo (a principal região produtora de Robusta, mas os grãos especiais também são cultivados lá); Bahia (a nova região de café de qualidade).

Muitas fazendas estão começando a oferecer visitas guiadas aos consumidores para tornar mais transparente a cadeia do produtor ao comprador privado. Os consumidores regulares de café podem participar da colheita e, às vezes, até mesmo cultivar seu próprio microlote e, no final, receber o café já torrado e embalado. Isso lembra os passeios em cervejarias, onde você pode fabricar sua própria cerveja e, depois de algum tempo, prová-la.
Algumas pessoas começam com suas famílias: por exemplo, o exportador de café Tiago Borba organizou uma degustação para seus pais para mostrar a eles como o café pode ser diferente. Seu pai ficou surpreso ao descobrir que, durante anos, ele havia sido um fã de café ruim.

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